CÂMBIO CVT, COMBINAÇÕES INFINITAS
22/06/2017

Criado há mais de cinquenta anos, o sistema demorou para se firmar, mas hoje equipa centenas de modelos
No Brasil, a tecnologia CVT é quase uma novidade. Tirando as antigas mobiletes e as scooters importadas a partir da década de 1990, ainda são poucos os carros equipados com esse sistema baseado em duas polias variáveis.
Segundo os historiadores, um dos primeiros inventores a pensar numa transmissão que fosse continuamente variável foi Leonardo da Vinci, por volta de 1490.
Na indústria automobilística, o primeiro a aplicar a novidade foi o norte-americano Milton Reeves, em 1896. Apesar de pouco conhecido, esse pioneiro registrou mais de cem patentes ao longo de sua vida.
Em 1958, a DAF (que também fabricava carros nessa época, além de caminhões) deu um grande passo para popularizar o câmbio CVT com o sistema Variomatic.
Mas, a exemplo das scooters atuais, a marca holandesa utilizava correias de borracha. Isso limitava a aplicação da transmissão e exigia uma manutenção frequente.
ATUALIZADO - Depois de ficar esquecido por muitos anos, o sistema CVT reapareceu no ano de 1987 em grande estilo, no lançamento do Subaru Justy. A transmissão tinha uma inovadora correia metálica e o seu controle era eletrônico.
A transmissão continuamente variável passou a equipar um carro fabricado no Brasil apenas em 2003, com o lançamento do Honda Fit. Atualmente, são oferecidos ao redor do mundo cerca de 200 modelos de carros com esse tipo de câmbio.
Além do popular sistema CVT com duas polias e uma correia, outras variáveis também foram criadas, como os conjuntos que usam discos, cones ou planetárias.
Por pouco, a tecnologia não esteve presente até na Fórmula 1. Entre 1991 e 1993, a Williams investiu pesado na novidade e fez uma série de testes surpreendentes. Mas a FIA acabou proibindo o novo câmbio.