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Defeito crônico do trocador de calor na linha Jeep

É Crônico da linha Jeep, Compass e Renegade, danificar o trocador de calor do câmbio? Ou, coletor de admissão nos modelos a Diesel?

Caro amigo leitor e reparador automotivo, tudo bem? 2024 chegou com tudo! Lançamentos, polêmicas antigas e novas, o mundo da reparação automotiva, gira em alta velocidade e muitas informações chegam ao mercado trazendo “Informações e desinformações”.

Por que digo isto?

Vivemos momentos diferentes, onde todo mundo sabe de tudo, julga, condena, absolve e até contradizem estudos e projetos. Baseados em que?

Divulgação infundada, sem pesquisa técnica etc, ouseja, no popular, a justificativa é: Alguém me disse! 

Então, vamos lá!

Quantas vezes você ouviu ou leu:

É Crônico da linha Jeep, Compass e Renegade, danificar o trocador de calor do câmbio? Ou, coletor de admissão nos modelos a Diesel? Então! Caro amigo leitor, reparador assíduo das colunas da Revista Reparação Automotiva, vamos trazer aqui uma controvérsia a esta, polêmica. Pelos atendimentos feitos aqui na General Tech Automotiva Diagnostic, Oficina Premium, identificamos que o problema é outro.

Definição de defeito crônico 

O termo “crônico” também pode ser utilizado em um sentido mais amplo para descrever uma situação ou problema que persiste por um longo período, no caso dos veículos, um modelo ou marca que é recorrente acontecer. Diante do que vivenciamos no dia a dia na General Tech, entendemos que o problema é outro. Sim, o problema está na manutenção indevida, aplicação indevida de produtos e ou componentes de forma inadequada. Vamos ao nosso tema:

DEFEITO CRÔNICO DO TROCADOR DE CALOR: A POLÊMICA DA LINHA JEEP SERIA EXCLUSIVIDADE DA MARCA?

Não, não é exclusividade da marca, mas é recorrente pois a prática é a mesma na rede. Analisando todos os veículos que recebemos com este defeito, identificamos que a prática durante a manutenção é de diluição do aditivo com água. Isto mesmo. 

Quem acompanha nosso canal no YouTube @generaltechad, ou no Instagram @generaltechctp, já viu vídeos onde explicamos cada detalhe de certos defeitos. Antes de prosseguir, gostaria de lhe dizer que em 2019 lançamos um treinamento online no portal da MTE-THOMSON, sobre eletrólise. Um curso onde falo sobre os malefícios de utilizar aditivos de baixa qualidade, diluindo o de boa qualidade em água. Eu recomendo o aditivo pronto para o uso.

Faça este treinamento, divulgue para sua equipe e amigos, é gratuíto. Curso de Eletrólise – Oficina do Saber – MTE-THOMSON. Lá você pode baixar uma apostila do curso completa, com detalhes de análises.

Bem, sigamos com o “defeito crônico do trocador de calor.” O problema não é o trocador de calor, ele apenas é o componente que sofre mais rápido a ação corrosiva de um líquido de arrefecimento ruim. Defeito este que não é exclusivo da marca Jeep, mas sim de todos os veículos que possuem atualmente câmbio automático cujo trocador(radiador) é fixo nele.

Este Discovery é um exemplo de que o erro da aplicação de aditivo não é exclusivo da Jeep nem tão pouco da Land Rover, mas da falta de conhecimento técnico onde realizou as manutenções destes veículos.

Sei que pensou agora: Mas não é feito na autorizada? Eles não seguem os padrões de fábricas? Bem amigo, quantos carros recebeu em sua oficina onde o cliente lhe afirmou: b“Só fazia revisão na autorizada, desde zero!” 

Vamos analisar, que ultimamente, as revisões têm sido uma simples troca de óleo e filtros, por muitas vezes pegamos erros como deixarem de trocar filtro de cabine, filtro de combustível, etc. Buscamos informações junto a autorizada, recebemos um feedback negativo, que aquele veículo esteve lá apenas nas duas primeiras revisões, de 10 e 20 mil km.

Existe um fator mais agravante que este, que é deixar frentistas dos postos de gasolina, aferir níveis. Geralmente eles não têm treinamento técnico real, mas apenas de como conferir nível e completar. Ao completar com água no tradicional regrador que todo posto tem, ou pior, vender um aditivo de baixa qualidade, sem nenhuma homologação, então podemos afirmar que não é exclusividade da marca.

Vamos aos casos reais DE OFICINA:

Compass 2018 Diesel

Apodreceu o coletor de admissão, causando vazamento do líquido acima da bomba de alta pressão de combustível.

Detalhe do orifício de circulação de arrefecimento apodreceu e rompeu a vedação da junta. Atente-se a este detalhe, rompeu para o lado externo, se rompe para o lado interno, o moter teria calço hidráulico, perdendo um motor.

Compass Flex, trocador de calor.

O trocador de calor, é uma peça confeccionada em alumínio, facilmente corroído pela ação do CLORO, presente na água de torneira.

Quanto tempo para o uso de água corroer o trocador de calor? e fosse água pura, diria que uns 3 meses no máximo. Veja esta experiência em meu laboratório de testes na GENERAL TECH 

Neste recipiente foi depositado uma válvula termostática em água de torneira no mês 04 de 2022, após 7 meses, já havia corrosão, agora com um ano e meio, veja os danos causados:

o alumínio, está poroso, desfazendo-se. Então vamos para um segundo frasco, todos com mesma data e hora: 

Aditivo de linha de montagem na maioria das montadoras premium, porém diluído com água, veja o resultado:

Manchas esponjosas, em vermelho ou rosada, é a mesma ação do cloro da água pura, porém retardou a corrosão um pouco mais.

Esta mesma situação você vê no dia na oficina, indicando a mistura de água no aditivo:

Manchas com casca rosadas e secas, como um suspiro de padaria, quebradiço. Este é o sinal da mistura.

Corroeu o cavalete de água traseiro do motor 2.0 TSFI da linha VW e Audi.

Além de vazamos, os danos, sabemos que podem ser muito maior, como a perda de um motor ou câmbio. Bem como o custo de reparo do veículo.

Vamos a Land Rover, que não ficou de fora deste defeito que não é crônico da Jeep, mas da manutenção errada.

É preciso desmontar a frente completa do veículo para realizar a limpeza e troca do trocador de calor, pois não há espaço para acessar o componente. Fora o custo alto da peça.

Para encerrar, trago o Citroen C4 Lounge 1.6 THP, também vítima da água no aditivo.

Contaminação pelo óleo de transmissão automática devido o rompimento do trocador de calor.

Analisando o líquido de arrefecimento, identificamos níveis muito abaixo, inaceitável para aplicação ao sistema de arrefecimento do C4 lounge 2017.

Analisado a condutividade elétrica de 2.890 uS/cm que é o maior vilão, muito acima do estabelecido ou aceito pela norma técnica da ABNT.

Aqui analisamos o aditivo apropriado, onde a condutividade elétrica está a 1.538uS/cm, praticamente a metade do valor encontrado no aditivo contaminado. Porém existe um fator mais agravante que além do PH e condutividade elétrica, temos a SALINIDADE, o sal. Que além de ser um grande potencializador de corrente elétrica, também é corrosivo.

Após a limpeza e aplicação do aditivo corretamente, podemos encerrar a entrega do veículo com segurança.

Existem equipamentos apropriados para uma análise mais completas, como a que fazemos aqui na General Tech.

Na esquerda:

1- Densímetro para mono etileno glicol, já é comum, porém não decisivo, pois um aditivo a base polímero seria condenado de forma errônea.
2- Condutívimetro e Medidor de PH,
3- Refratômetro Digital.

Pois precisamos cercar todos os parâmetros que podem causar falhas ao sistema de arrefecimento.

Bom meu caro amigo, leitor e reparador automotivo, concluímos que: Defeito crônico do trocador de calor– A polêmica da linha Jeep, não é exclusividade de nenhuma marca, mas, como é realizado o serviço. Até a próxima edição!

Contato para Treinamentos, palestras técnicas, da General TECH, com o Prof. Leandro Marco 034.3312-2727 ou 34.99886-2728. @generaltechctp, @generaltechad

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