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primeiro fusca

A história do motor a ar

Ao longo da história diversos motores fizeram sucesso e ganharam inúmeros fãs ao redor do mundo. Nós da Revista Reparação Automotiva contamos a história do motor Volkswagens AP, o mais conhecido da montadora alemã e dessa vez vamos contar um pouco sobre outro queridinho dos apaixonados por carro, o motor a ar.

Origem

Também chamado de Air Cooled, que significa refrigerado a ar, ele surgiu na Alemanha no final dos anos 1920. Ela veio de um projeto de Ferdinand Porsche, que a mando do governo alemão da época, buscava produzir um modelo barato e de fácil acesso para a população, projeto esse que virou o nosso querido fusca.

Antes de chegar ao projeto do fusca, Ferdinand tentou implementar esse motor em outros veículos. Em 1931 recebeu uma encomenda da fábrica de motocicletas da Zündapp, interessada na fabricação de um carro popular de grande produção. Porsche, admirador dos carros checos Tatra, desenvolveu um projeto semelhante: linhas aerodinâmicas e compactas e motor traseiro arrefecido a ar, mas nenhum deles acabou indo para frente.

Fabricação

Para a criação do fusca, um carro popular que fosse acessível a todos os alemães, o Governo local colocou algumas metas a serem cumpridas: transportar dois adultos e três crianças, deveria ter velocidade máxima e permanente 100 km/h  e seu consumo de combustível em condições favoráveis deveria ser de pelo menos 13 km/l.

Esses objetivos só conseguiram ser alcançados por causa do engenheiroFranz Xaver Reimspiess, que concebeu um motor de um litro (985 cm³, 70 x 64 mm), 4 cilindros horizontais contrapostos, arrefecido a ar de 20 cv baseado em um motor aeronáutico simples e resistente criado pelo próprio Porsche em 1909. Esse foi o ponto de partida do valente motor que conhecemos hoje e que fez história mundialmente. Primeiro foi nos veículos de movimentação de tropas na Segunda Guerra Mundial, um terrestre e outro anfíbio, depois nos valentes Fuscas do pós-guerra.

Mas esse motor começou sua vida, de fato, com 1,1 litro e 25 cv (1.131 cm³, 75 x 64 mm), para em 1954 passar a 1.2-litro e 30 cv (1.192 cm³, 77 x 64 mm).

Sucesso no Brasil

O motor a ar chegou ao Brasil em 1950, junto com o Fusca e a Kombi e rapidamente ganhou popularidade. A sua manutenção fácil e de baixo custo chamavam muito a atenção, mas desde a chegada das primeiras unidades e com o passar dos anos, se enaltecia muito o fato do carro não quebrar e que seu pequeno motor ser econômico e durável, além de não possuir radiador, bomba d’água, mangueiras e outros equipamentos que davam dores de cabeça aos carros americanos e europeus que compunham nossa frota de veículos.

Depois de 24 anos de produção (1940-1964) o motor ganhou uma nova versão, com várias mudanças sendo a mais visível o suporte do dínamo ser aparafusado à carcaça em vez de integrado à metade direita dela. Não havia nenhuma peça em comum com o motor anterior. Continuou a cilindrada de 1.192 cm³, mas com 34 cv em vez de 30 cv, mas se abriu a possibilidade de cilindrada mais altas como 1300/38 cv (1.285 cm³ , 77 x 69 mm),  1500/44 cv (1.493 cm³, 83 x 69 mm), 1600/50 a  54 cv (1.584 cm³, 85,5 x 69 mm) e 1700/68 cv (1.679 cm³ , 88 x 69 mm).

Seu último local de produção foi o Brasil, no final de 2005, quando a Kombi passou a ser propulsionada pelo motor EA-111 1,4-litro de quatro cilindros em linha, necessário pelos novos limites de emissões.

kombi 2005

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