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Parabéns profissional da reparação de automóveis!

Um ano atípico repleto de desafios e superações. Mesmo assim, o profissional da reparação de automóveis tem o que comemorar

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Dia 20 de dezembro é comemorado o dia do mecânico, o dia do reparador automotivo. Esta é uma profissão importantíssima, pois o reparador é o responsável por realizar a manutenção da frota circulante do país. A evolução dos automóveis exige cada vez mais empenho e busca por conhecimento por parte destes profissionais.

No ano que se encerra, o reparador precisou usar muito talento e criatividade, para não perder e atender bem seu cliente.

Isso foi causado por causa da pandemia da COVID-19. Logo no inicio da crise, as autoridades sanitárias recomendaram isolamento total. Assim a população assistiu as lojas, shoppings, cinemas teatros, entre tantos outros estabelecimentos baixarem as portas.

Já o reparador de automóveis manteve a oficina aberta, por ser considerado um serviço essencial. Mas estar com a porta aberta, não significa receber clientes!

Para atrair este cliente até a oficina, os empresários reparadores intensificaram a atuação nas redes sociais. Criaram serviço de telemarketing, implantaram o sistema de leva e trás, entre tantas outras ações.

Além disso, estes gestores foram buscar informações sobre carga tributária, isenções de impostos, termos de garantia, gestão, para manter o negócio vivo e tomar as decisões certas.

Também foram criados protocolos e certificações de biossegurança, o que, passada a pandemia eles continuarão a serem seguidos, pois é uma garantia de que a empresa respeita e preserva a saúde dos colaboradores e clientes.

E o que vem por ai?

Apesar das medidas tomadas para o isolamento social, os proprietários de veículos não deixaram de fazer as manutenções regulares. No começo do isolamento, a GiPA automotive afetermarket intelligence, identificou que 40% das empresas de sua base de dados, o que inclui oficinas independentes, de concessionárias e lojas de pneus estavam fechadas. Mas com o relaxamento das medidas de isolamento, o movimento retornou, não nos mesmos níveis de períodos passados, mas retornou.

Para 2021, a entidade projeta uma retomada em relação a 2020, porém, o nível de atividade (em volume) de 2019 só deverá ser alcançado em 2023. Todavia, se considerar o mercado em valor, o faturamento do aftermarket, puxado pela alta dos preços, deve retornar ao patamar de 2019 em pouco mais de 1 ano.

Outro movimento também identificado em várias oficinas, principalmente aquelas localizadas em regiões centrais, foi o maior número de carros seminovos irem buscar os serviços dos reparadores independentes.

Uma das explicações para este crescimento está no aumento das transferências. Segundo a FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), no mês de outubro, as transferências realizadas de veículos usados e seminovos apresentaram crescimento de 5,04%, isso na comparação com o mês de setembro.

No total, foram transacionadas 1.461.894 unidades, contra 1.391.730, em setembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram negociadas 1.344.962 unidades, a alta foi de 8,69%.  E sabemos que quando um automóvel troca de proprietário, as chances de ele passar por uma oficina para, pelo menos realizar uma revisão básica, são grandes.

Outra oportunidade que o profissional da reparação automotiva tem de receber novos clientes está na frota circulante. Em 2016, segundo levantamento da FENABRAVE, foram emplacados no mercado nacional o total de 1.986.362 automóveis e comerciais leves. Já em 2107 o total de emplacamentos chegou a 2.172.235 automóveis e comerciais leves. O normal do mercado é que, por causa da garantia, nos três primeiros anos de um automóvel o proprietário faz as revisões nas concessionárias, depois disso, ele vai para o mercado independente.

Projeções otimistas

Segundo projeções feitas pela AUDATEC Pesquisas e Marketing, o segmento do aftermarket em 2021 deverá responder por significativa receita para o setor automotivo de forma geral. “Estima-se que 42,6 milhões de veículos automotores da nossa frota circulante, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, necessitem de serviços e peças. Esse expressivo volume de veículos fomenta a demanda de peças e serviços, 3,6% superior ao ano anterior” revela Sergio Duque, economista, professor universitário e gestor da consultoria.

E ele completa. “Dados obtidos até o final de outubro, projetam queda entre 6 e 7% no faturamento do segmento de 2020 em relação a 2019, mas já dão clara mostra de recuperação nos dois trimestres finais do ano, sobretudo na linha leve”.

E ainda projetando o futuro, de acordo com os dados divulgados pela FENABRAVE no inicio de novembro, os emplacamentos em outubro tiveram alta de 1,42% sobre o mês de setembro. O que representa o sexto mês seguido de alta nas vendas e o melhor resultado do ano.

A mostra tem como base os dados do RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores). No total foram comercializadas 332.888 unidades, em outubro, ante 328.221, em setembro. Na comparação com outubro de 2019 (367.599 unidades), a retração foi de 9,44%. Os números se referem a todos os segmentos automotivos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros).

A queda no volume de vendas de veículos novos, em relação aos anos anteriores, representa que, os consumidores, por vários motivos, adiaram a compra. Este automóvel que permanece com o proprietário vai necessitar de manutenção.

Apesar dos problemas criados por causa da pandemia, o profissional reparador automotivo, deve comemorar seu dia. Afinal esta adversidade o fez aprender e evoluir na profissão. Também irá gerar novas oportunidades de negócios.

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